terça-feira, 9 de agosto de 2011

Os Dez Mandamentos da Ética na Internet

  • Não use o computador para prejudicar as pessoas. 
  • Não interfira no trabalho de outras pessoas. 
  • Não se intrometa nos arquivos alheios. 
  • Não use o computador para roubar. 
  • Não use o computador para obter falsos testemunhos. 
  • Não use nem copie softwares pelos quais você não pagou. 
  • Não use os recursos de computadores alheios sem pedir permissão. 
  • Não se apropie de idéias que não são suas. 
  • Pense nas consequências sociais causadas pelo que você escreve. 
  • Use o computador de modo que demonstre consideração e respeito. 
FONTE: http://www.clubedoprofessor.com.br/recursos/listas/etiqueta.html

Charges






Uso excessivo do Facebook pode deixar jovens narcisistas

09 de agosto de 2011 09h01
 

Jovens que passam tempo demais no Facebook têm mais propensão a apresentar tendências narcisistas. Além disso, segundo pesquisa coordenada por Larry D. Rosen, professor da Universidade do Estado da Califórnia, nos Estados Unidos, uma série de outras desordens psicológicas podem aparecer. A lista inclui comportamento antisocial ou maníaco e até depressão, segundo informa o site IBTimes.

No Facebook sua foto funcionaria como "um espelho de Narciso"?

A pesquisa apresentada por Rosen em palestra durante a 119ª Convenção Anual da Associação Americana de Psicologia também mostra que as distrações oferecidas por uma das maiores redes sociais do mundo podem afetar o aprendizado dos jovens, o que resultaria em notas mais baixas. Por outro lado, pondera o psicólogo, os estudos sobre as alterações de comportamento geradas pelo Facebook só agora começam a apresentar resultados mais sólidos.

Ao mesmo tempo em que pesquisas mostram que alunos que se conectam ao menos uma vez na rede social em 15 minutos de estudos tendem a ter notas mais baixas, outros estudos apontam as interações no Facebook como um benefício para jovens tímidos ou ansiosos, por exemplo. "Protegidos" pela mediação do computador, eles conseguem interagir com seus pares - o que talvez não conseguissem fazer pessoalmente. Além disso, os usuários que passam muito tempo logados conseguem mostrar maior empatia virtual, o que pode indicar que também tenham a capacidade de demonstrar empatia no mundo real.
Quanto ao comportamento dos jovens na internet, o professor Rosen afirma ainda que o monitoramento furtivo por parte dos pais deve ser evitado. Em vez de "espionar" os filhos, o que ele sugere é conversar com eles desde pequenos, debatendo sobre o uso seguro da rede e encorajando-os a comunicar qualquer problema que vivenciem nas interações virtuais. Essa conversa, segundo o psicólogo, deve se focar em ouvir os jovens, muito mais do que em falar.
 
Terra

sábado, 30 de julho de 2011

O Novo livro de Nicholas Carr “The Shallows: How the Internet is Changing the Way We Think” ( Os superficiais: como a Internet está mundando nossa forma de pensar)
A Internet está realmente alterando o modo como nossa mente funciona?





Nicholas Carr argumenta que a internet é “re-configurando” nossos cérebros.
 Photograph: Howard Sochurek/Corbis
  
É uma sensação estranha resenhar um livro que afirma o seguinte: "Para algumas pessoas a própria idéia de ler um livro chegou a parecer coisa do passado, talvez até uma tolice..." Ora, o autor desta sentença confessa que, durante suas leituras, "perde logo a concentração como se ela ficasse à deriva após uma ou duas páginas". Logo, eu imagino que, a redação, edição e revisão do seu novo livro devem ter sido um “processo bastante complicado”. No entanto, ele corajosamente completou suas 224 páginas e, a julgar pela quantidade de notas de rodapé, deve ter lido um grande número de livros para fundamentar suas ideias.
De acordo com Carr, é a Internet a culpada pelo fato de a leitura ter se tornado muito mais difícil atualmente. Carr não um ludita[1], isto é, alguém contra avanços tecnológicos. Ele admite e comemora o fato de a Internet nos ter dado gigabytes de informações que noutro tempo seria quase impossível de acessar; a Internet nos dá acesso à vida e aos pontos de vista de um número exponencialmente crescente de pessoas e comunidades - e ainda nos possibilita comprar de forma muito mais fácil passagens de avião (e ironicamente também os livros de papel, objeto de estudo deste artigo).
Mas, ele diz ainda que Internet alterou a maneira como nossa mente funciona. A web nos encoraja a clicar e navegar. Depois algum tempo acessando na rede, tudo o que o nosso cérebro quer fazer é clicar e navegar. Paramos de ler romances como antes fazíamos "o linearidade da mente literária" se torna "a mente de ontem” [2].
Carr reconstrói uma história da ciência do cérebro para fundamentar seu argumento. A neurociência atual diz que a nossa massa cinzenta é maleável e plástico. Assim, como a Internet remodela e reconecta o cérebro em suas imagens, a forma tradicional de ler vai saindo uso e desaparecendo.[3]
Não nos surpreende que Carr apareça como alguém que está desconfortável com as mudanças. Na Internet há muita distração como luzes piscando, musiquinhas de fundo, sons diversos, etc., embora, ele aponte que foi um dos primeiros a investir muito do seu tempo aprendendo e produzindo em um Macintosh SE, por isso, sente-se confortável com dispositivos digitais que o ajuda em tarefas (como processamento de texto tipo Word, Excel ou coisas do tipo), mas ainda não inteiramente com algumas novas formas digitais, como Facebook e Twitter. Alguém poderia se perguntar se Carr está de luto pela “morte do autor”, o “fim das narrativas” - e tudo o mais que crítica literária tem dito - por causa disso usa a neurociência para justificar sua tristeza.
Leia este livro: você vai aprender muitas coisas interessantes, como teorias instigantes sobre o cérebro, sobre o Google, etc. E “se você terminar” de lê-lo, vai sentir uma sensação gratificante de ter, a nível individual, refutado a sua tese. Ou ao comprar, faça uma leitura rápida de todas as páginas, assimile alguma coisa disso, dispense as partes complexas ou técnicas demais e comece a digerir aquilo que entender[4]. Pode não ser o que o autor pretendia, mas você pode aprender mais, e fazer algumas conexões estimulantes ao longo do caminho - exatamente como você faz na internet.

Tradução Livre: Wellington Amâncio  (Adaptações, coerência e coesão, contextualização, notas de rodapé) e José da Silva Google (transladador contingente)
Fonte:



[1] Ludita Identifica toda pessoa que se opõe à industrialização intensa ou a nova tecnologia, geralmente vinculada ao movimento anarcoprimitivista.
[2] Paul Virílio diz que, o tempo como o conhecemos, se diluiu no tempo da tela, do aqui e agora de quando se liga o PC e o mundo começa a girar, noticiar, aparecer a partir dele.
[3] “a morte do autor”, o “fim das narrativas” foram algumas das previsões da crítica literária pós-moderna quanto ao fim do romance por sua incapacidade de se reinventar.  
[4] Aqui o resenhista usa o argumento do autor sobre a leitura feita em páginas virtual em que fazemos uma “leitura” muito superficial, demasiadamente seletiva e sem critérios, e pouco assimilamos do que “lemos” na Internet. Há repostagem na revista Veja de 20 de julho (nº) 29, sobre uma pesquisa com universitários.

terça-feira, 19 de julho de 2011


Internet e a mudança no comportamento

Com o advento da internet as pessoas de mais idade tiveram que se adaptar ao novo suporte, enquanto os adolescentes já nascem familiarizados com a tecnologia. A ferramenta permite ao internauta o acesso ilimitado aos conteúdos disponibilizados na web. No entanto, ela não é apenas utilizada para o consumo de informações nas diversas vertentes, mas também é usada nas relações interpessoais. Porém, a rotina ativa no espaço virtual influencia no comportamento dos indivíduos.
Por meio das comunidades virtuais é comum o internauta criar uma identidade por trás da tela do computador. Isso lhe permite refugiar dos problemas de socialização que enfrentaria no contato pessoal, explica a psicóloga Anelise Araújo.
Uma parcela dos internautas que faz uso da ferramenta sofre com problemas de inibição, possuem vergonha em interagir face a face, e isso é vivenciado pelo repositor Danilo Munhão da Silva, de 26 anos. Ele acessa a internet de cinco a seis horas diárias e diz que através dos sites de relacionamento os diálogos fluem e o usuário fica mais a vontade. Além disso, fora do espaço virtual sente dificuldade de se expressar e não falaria a metade do que escreve.
O funcionário da TV Futura Thiago Jacobi Bürger, 26 anos, comentou que, às vezes, o contato é melhor no espaço virtual. O usuário sabe lidar com situações de nervosismo, se está mal humorado não deixa transparecer, além dos sentimentos de raiva, mágoa ser controlados. Dessa maneira, as conversar ocorre de acordo como a pessoa se apresenta. Ele utiliza sites de relacionamento como ferramenta de trabalho para supervisionar 26 integrantes da mídia televisiva. Em função disso, fica conectado cerca de 14 horas na web.
O comportamento dos usuários é alterado devido ao uso compulsivo da tecnologia. O modo de agir e a linguagem ficam claras na interatividade. Como o meio se caracteriza pelo dinamismo, rapidez nas postagens as palavras ganham formas por abreviaturas, siglas e pela utilização de emotions nas mensagens, esclarece a psicóloga. Porém, a linguagem virtual influencia na linguagem formal dos adolescentes, por estarem familiarizados com essa realidade.
A preocupação dos pesquisadores é quando isso afeta nas atitudes dos mesmos seja nas produções em sala de aula e no processo de alfabetização.
Segundo o estudioso Roberto Fasciani “nenhum instrumento ou tecnologia inventada pelo homem pode ser intrinsecamente positivo ou negativo, certo ou errado, útil ou perigoso. É só a utilização que disso se faz que pode ser julgada com regras éticas”.
A psicóloga Anelise alerta que os pais não devem proibir os filhos de usarem a tecnologia, mas a liberdade guiada, ou seja, a supervisão é a melhor coisa que se tem a fazer nestes casos.


Vanessa Barbieri Moro

fonte: blog